8 de novembro de 2011

Terça Espiritual 3: Por que Deus é Pai?

Saudações DECOLORES,

Hoje, temos a continuação do texto do Frei Patrício Sciadini...

Por que Deus é Pai?

Deus é Pai porque nos dá a vida gratuitamente e numa atitude de puro amor. Por isso a paternidade de Deus não se conquista através das nossas obras, mas tornando-nos diante dele como “crianças”. É preciso, antes de mais nada, deixar-nos amar por Ele, numa atitude de acolhida e de discipulado. Na consciência da nossa pobreza descobrirmos a riqueza do amor paterno que faz surgir em nós uma nova vida (cf. Mc 9,33-35; 10,13-15; Jo 3,1-15).

Deus é Pai porque perdoa sempre os pecados da humanidade
. O maior sinal do amor paterno, pleno e total é o perdão. Jesus nos oferece o amor de Deus como resposta a todas as enfermidades do corpo e da alma. Em Deus todos encontram o amor e a “cura” de todo mal. Coxos, cegos, paralíticos, pecadores, publicanos, prostitutas... todos que se aproximam com confiança de filhos experimentam o amor de Deus Pai. Como não recordar a parábola do filho pródigo que, na sua volta, não somente é recebido com amor, mas lhe é restituída toda herança perdida? (Lc 15).


A humanidade de hoje, muitas vezes seduzida por falsas luzes e religiões, como o filho da parábola pede o que é seu e vai por caminhos desconhecidos, desperdiçando a graça e o amor até tocar o âmago da miséria. Levanta-se e volta corajosamente para a casa do Pai que, ansiosamente, nos espera para nos abraçar e nos cobrir de beijos, cobrindo-nos com as vestes do amor e readmitindo-nos à plena comunhão. O homem, seja qual for a sua culpa e pecado, jamais deve ter “medo de Deus”. Não se pode ter medo do amor do Pai que tem uma única missão: amar e perdoar.


Santa Teresa do Menino Jesus mantinha um profundo relacionamento filial para com Deus Pai e se sentia muito livre diante dele, expressando com palavras toda a sua ternura:

"Esperança minha, Pai meu, meu Criador, meu verdadeiro Senhor e Irmão, quando penso no que dissestes, isto é, que vossas delícias são habitar com os filhos dos homens, minha alma se inunda de alegria. Senhor do céu e da terra, onde está o pecador que, depois de tais palavras, possa ainda desesperar? Será, Senhor, que não tendes outros com quem deliciar-vos, para virdes a um verme tão repugnante como eu? No batismo de Vosso Filho, dissestes que nele púnheis vossas complacências. Somos iguais a ele, Senhor?" (Exclamações 7,1-3).

Deus é Pai porque permanece aberto ao diálogo com a humanidade. Não é um Pai autoritário, fechado em si mesmo, mas um Pai que corre atrás dos filhos que se afastam dele ou os espera numa atitude de abertura e de amor. É o Pai amigo e companheiro, que faz conosco a história e nos oferece a cada momento sua aliança. A sua delícia é viver entre nós.


Por hoje é isso. Semana que vem, nosso post será: "Jesus nos revela o Pai".
Lembrando que amanhã temos mais um post da Quarta Catequética

Fiquem com Deus! Até mais...

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