Para finalizar nossos post sobre Deus Pai na visão de Frei Patrício Sciadini OCD, hoje, falaremos sobre a relação de Jesus, Deus Filho, com este Deus que é nosso Pai.
É significativo na vida terrena de Jesus que uma das primeiras e uma das últimas palavras suas foram dirigidas ao Pai, como chave que abre uma nova maneira de dialogar com Deus, e chave de leitura que abre a porta da eternidade onde seremos acolhidos para sempre no abraço amoroso do Pai.
Em Lc 2,49 temos as primeiras palavras pronunciadas por Jesus, que nos mostram todo o projeto que Ele veio realizar, estar totalmente a serviço do Pai e não se deixar distrair por nada nem por ninguém. Mesmo se incompreendido deve permanecer fiel àquele que o enviou para restaurar o reino de Israel, para que todos sejam como um rebanho guiado por um pastor sábio.
E as últimas palavras, pronunciadas na cruz, na sua dor imensa e profunda – não como um grito de desespero, mas de dor – são uma pergunta filial ao Pai que, ao longo da vida, esteve sempre ao seu lado. Jesus nos mostra como na dor só nos é permitido invocar o Pai para que ele venha em nosso socorro: “nas tuas mãos eu entrego o meu espírito” (Lc 23,40).
Portanto, toda a vida de Jesus é uma perfeita sintonia com o Pai, e um desejo permanente e constante de não realizar nada mais que a vontade dele: “Meu alimento é fazer a vontade do Pai que me enviou”.
É o Pai o centro de unidade e de amor. Somente o Ele pode dar sentido à vida.
Vemos como Jesus falava com um amor especial do Pai e, em suas últimas horas de convivência com os apóstolos, apresentadas nos capítulos 15 a 17 de João, principalmente em sua oração sacerdotal, Jesus repete 27 VEZES o nome do Pai.
“Pai, é chegada a hora...” (Jo 17,1).
“E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse...” (Jo 17,5).
“Pai santo, guarda-os em teu nome...” (Jo 17,11).
“Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti...” (Jo 17,21).
“Pai, quero que, lá onde eu estiver, os que me deste estejam também comigo...” (Jo 17,24).
“Pai justo, enquanto o mundo não te conheceu, eu te conheci...” (Jo 17,25).
Mergulhemos na adoração silenciosa deste amor de Deus Pai, falemos com Ele com toda confiança, e que a força do Espírito Santo nos permita proclamar que o homem jamais estará sozinho, sempre terá um Deus Pai que o ama e quer por ele ser amado.
Por hoje ficamos por aqui...
Não esqueça, amanhã tem Quarta Catequética!
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