22 de novembro de 2011

Terça Espiritual 4: Jesus nos revela o Pai

Saudações DE COLORES,

Para finalizar nossos post sobre Deus Pai na visão de Frei Patrício Sciadini OCD, hoje, falaremos sobre a relação de Jesus, Deus Filho, com este Deus que é nosso Pai.

É significativo na vida terrena de Jesus que uma das primeiras e uma das últimas palavras suas foram dirigidas ao Pai, como chave que abre uma nova maneira de dialogar com Deus, e chave de leitura que abre a porta da eternidade onde seremos acolhidos para sempre no abraço amoroso do Pai.

Em Lc 2,49 temos as primeiras palavras pronunciadas por Jesus, que nos mostram todo o projeto que Ele veio realizar, estar totalmente a serviço do Pai e não se deixar distrair por nada nem por ninguém. Mesmo se incompreendido deve permanecer fiel àquele que o enviou para restaurar o reino de Israel, para que todos sejam como um rebanho guiado por um pastor sábio.


E as últimas palavras, pronunciadas na cruz, na sua dor imensa e profunda – não como um grito de desespero, mas de dor – são uma pergunta filial ao Pai que, ao longo da vida, esteve sempre ao seu lado. Jesus nos mostra como na dor só nos é permitido invocar o Pai para que ele venha em nosso socorro: “nas tuas mãos eu entrego o meu espírito” (Lc 23,40).

Portanto, toda a vida de Jesus é uma perfeita sintonia com o Pai, e um desejo permanente e constante de não realizar nada mais que a vontade dele: “Meu alimento é fazer a vontade do Pai que me enviou”.

É o Pai o centro de unidade e de amor. Somente o Ele pode dar sentido à vida.


Vemos como Jesus falava com um amor especial do Pai e, em suas últimas horas de convivência com os apóstolos, apresentadas nos capítulos 15 a 17 de João, principalmente em sua oração sacerdotal, Jesus repete 27 VEZES o nome do Pai.

Pai, é chegada a hora...” (Jo 17,1).

E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse...” (Jo 17,5).


Pai santo, guarda-os em teu nome...” (Jo 17,11).


Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti...” (Jo 17,21).


Pai, quero que, lá onde eu estiver, os que me deste estejam também comigo...” (Jo 17,24).


Pai justo, enquanto o mundo não te conheceu, eu te conheci...” (Jo 17,25).


Mergulhemos na adoração silenciosa deste amor de Deus Pai, falemos com Ele com toda confiança, e que a força do Espírito Santo nos permita proclamar que o homem jamais estará sozinho, sempre terá um Deus Pai que o ama e quer por ele s
er amado.


Por hoje ficamos por aqui...

Não esqueça, amanhã tem Quarta Catequética!

18 de novembro de 2011

Cruz da Jornada Mundial na Diocese de Luz/MG

Como todos já sabem, a próxima Jornada Mundial da Juventude será aqui no Brasil em 2013.

Sendo assim, no próximo domingo, dia 20 de novembro, dia de Cristo Rei, estaremos recebendo na nossa Diocese de Luz  a Cruz da Jornada Mundial da Juventude.

A Cruz chegará a Luz depois de passar por Belo Horizonte, e seguirá, depois, para a Arquidiocese de Belo Horizonte. 


Confira a programação:
  • 14h00 – Chegada das caravanas
Momento de animação no Poliesportivo da Escola Padre Parreira
  • 14h30 – Carreata com a Cruz da JMJ e com o Ícone de Nossa Senhora
Saída do Parque de Exposições - Av. Laerton Paulinelli - Rua Antônio Gomes de Macedo
  • 15h15 – Acolhida da Cruz na Quadra da Escola Pe. Parreira
Breve momento de Oração
  • 15h30 – Início da Caminhada até a Catedral
  • 16h30 – “Testemunho” dos jovens que já foram a outras JMJ
Animação em preparação para a Missa
  • 17h00 – Celebração da Santa Missa da Solenidade de Cristo Rei
  • 18h30 – Lanche

Eu já confirmei minha presença! E você, vai ficar fora dessa?

Segue abaixo o folder de divulgação:

Sexta Litúrgica 5: Devemos crer que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo?

Saudações DE COLORES, 

Retomando, então, nossos posts diários, trago até vós mais um post da Sexta Litúrgica. 

Devemos crer que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo?

Sim. Este é o Mistério de nossa Fé

A Eucaristia é verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo e devemos crer nisso de maneira incondicional. Jesus nos deixa este adorável Sacramento que se torna adorável justamente por nele estar o Cristo todo, inteiramente presente. 

A Igreja ensina que no momento da consagração das espécies eucarísticas se transformam de pão e vinho em Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Jesus mesmo havia prometido que daria aos que nele cressem o seu Corpo e o seu Sangue, afirmando ser o seu Corpo verdadeira comida e seu Sangue verdadeira bebida.

Leiamos o Evangelho de João, capítulo 6.
 
Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne? Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.

O Mistério da Eucaristia é tão grande que não poderia ser recebido com reservas ou com ambigüidades. Jesus afirma com clareza sobre o Pão que iria nos dar seria o seu próprio Corpo e o próprio Sangue e que estes eram verdadeira comida e verdadeira bebida. Eis o Pão descido do Céu, eis o Mistério da Fé. 

Transubstanciação é o termo que a Igreja usa para afirmar a Fé no dom eucarístico, onde o pão e o vinho ofertado a Deus se transformam verdadeiramente no Corpo e no Sangue de Cristo, configurando assim o próprio Cristo que se oferece a Deus por nós no momento do Sacrifício no Calvário. 

 

Bom e abençoado fim de semana a todos. Até Terça!

8 de novembro de 2011

Terça Espiritual 3: Por que Deus é Pai?

Saudações DECOLORES,

Hoje, temos a continuação do texto do Frei Patrício Sciadini...

Por que Deus é Pai?

Deus é Pai porque nos dá a vida gratuitamente e numa atitude de puro amor. Por isso a paternidade de Deus não se conquista através das nossas obras, mas tornando-nos diante dele como “crianças”. É preciso, antes de mais nada, deixar-nos amar por Ele, numa atitude de acolhida e de discipulado. Na consciência da nossa pobreza descobrirmos a riqueza do amor paterno que faz surgir em nós uma nova vida (cf. Mc 9,33-35; 10,13-15; Jo 3,1-15).

Deus é Pai porque perdoa sempre os pecados da humanidade
. O maior sinal do amor paterno, pleno e total é o perdão. Jesus nos oferece o amor de Deus como resposta a todas as enfermidades do corpo e da alma. Em Deus todos encontram o amor e a “cura” de todo mal. Coxos, cegos, paralíticos, pecadores, publicanos, prostitutas... todos que se aproximam com confiança de filhos experimentam o amor de Deus Pai. Como não recordar a parábola do filho pródigo que, na sua volta, não somente é recebido com amor, mas lhe é restituída toda herança perdida? (Lc 15).


A humanidade de hoje, muitas vezes seduzida por falsas luzes e religiões, como o filho da parábola pede o que é seu e vai por caminhos desconhecidos, desperdiçando a graça e o amor até tocar o âmago da miséria. Levanta-se e volta corajosamente para a casa do Pai que, ansiosamente, nos espera para nos abraçar e nos cobrir de beijos, cobrindo-nos com as vestes do amor e readmitindo-nos à plena comunhão. O homem, seja qual for a sua culpa e pecado, jamais deve ter “medo de Deus”. Não se pode ter medo do amor do Pai que tem uma única missão: amar e perdoar.


Santa Teresa do Menino Jesus mantinha um profundo relacionamento filial para com Deus Pai e se sentia muito livre diante dele, expressando com palavras toda a sua ternura:

"Esperança minha, Pai meu, meu Criador, meu verdadeiro Senhor e Irmão, quando penso no que dissestes, isto é, que vossas delícias são habitar com os filhos dos homens, minha alma se inunda de alegria. Senhor do céu e da terra, onde está o pecador que, depois de tais palavras, possa ainda desesperar? Será, Senhor, que não tendes outros com quem deliciar-vos, para virdes a um verme tão repugnante como eu? No batismo de Vosso Filho, dissestes que nele púnheis vossas complacências. Somos iguais a ele, Senhor?" (Exclamações 7,1-3).

Deus é Pai porque permanece aberto ao diálogo com a humanidade. Não é um Pai autoritário, fechado em si mesmo, mas um Pai que corre atrás dos filhos que se afastam dele ou os espera numa atitude de abertura e de amor. É o Pai amigo e companheiro, que faz conosco a história e nos oferece a cada momento sua aliança. A sua delícia é viver entre nós.


Por hoje é isso. Semana que vem, nosso post será: "Jesus nos revela o Pai".
Lembrando que amanhã temos mais um post da Quarta Catequética

Fiquem com Deus! Até mais...

4 de novembro de 2011

Sexta Litúrgica 4: A Santa Missa é celebrada por quem e pra quem?

Saudações DECOLORES,

A Sexta Litúrgica de hoje nos faz duas perguntas: "Por quem" e "Para quem" a Santa Missa é celebrada?

A Santa Missa é celebrada pelo próprio Cristo, pontífice entre os homens e Deus.

Através da pessoa do Padre, pela sua dignidade sacerdotal, Jesus Cristo oferece a Si mesmo a Deus Pai o Sacrifício que nos trouxe a redenção. O Sacrifício do Altar é a máxima mostra de amor que os homens receberam e receberão durante a sua história, por isso, exige todo o respeito, piedade e humildade.

Como dissemos, através do Sacerdote, Jesus se oferece a Deus por nós, portanto, o Sacrifício do Altar é ofertado a Deus por Jesus Cristo

Muitas pessoas pensam que o Sacrifício de Cristo é ofertado para nós que estamos na Assembleia, mas não, saibamos que no momento da Consagração a Oferta do Sacrifício é a Deus em nosso favor. Naquele momento Deus sendo um de nós oferece o seu Sacrifício pela nossa salvação, pela nossa justificação.

Mas se nós, a Igreja, somos parte do Corpo Místico de Jesus Cristo, então devemos oferecer neste momento também os nossos sacrifícios, as nossas orações, os nossos compromissos de se viver uma vida verdadeiramente  configurada a vida de Jesus Cristo.

(Segue trecho da Oração Eucarística IV, para observarmos isso.):

É justo e nos faz todos ser mais santos louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho, nosso irmão. É ele o sacerdote verdadeiro que sempre se oferece por nós todos, mandando que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia derradeira. Por isso, aqui estamos bem unidos, louvando e agradecendo com alegria, juntando nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos todos, para cantar (dizer): Santo, santo, santo...




 Lembrando que nosso próximo post será dia 8, Terça Espiritual
Não percam!
Forte abraço. Até a próxima!

3 de novembro de 2011

Quinta Mariana 1: Devoção a Maria Santíssima

Saudações DECOLORES,

Iniciando, então, nossa Quinta Mariana vamos falar de um dos pontos mais importantes da religião Católica que é a devoção à Santíssima Virgem Maria.

“Devemos ter uma devoção toda particular a Maria Santíssima porque:

1. Ela é a Mãe de Deus e também nossa mãe;

2. Ela supera em graças e santidade a todos os anjos e santos;

3. Ela, por sua intercessão, possui o maior valimento diante de Deus.

Ela mesma disse: “Eis que, de agora em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações, porque me fez grandes coisas Aquele que é poderoso, e santo é seu Nome” (Lc 1, 48-49).

O melhor exemplo de culto a Maria Santíssima nos dão os santos, sobretudo a Santa Igreja e, em certo sentido, a própria Santíssima Trindade.

Maria Santíssima é, depois de Jesus Cristo, o mais sublime modelo de todas as virtudes: piedade, pureza, humildade, paciência, fortaleza e sobretudo de ardente amor a Deus e ao próximo. Jesus, morrendo na cruz, nos legou sua Mãe por nossa mãe: “Filho, eis aí tua mãe. Mãe, eis aí teu filho”.

Um servo de Maria não se perde” (São Bernardo).

Nunca se ouviu dizer que tivesse alguém recorrido a Maria Santíssima, que não houvesse sido atendido.

Uma genuína e sólida devoção a Maria Santíssima é um sinal evidente de predestinação à bem-aventurança eterna.

A verdadeira devoção a Nossa Senhora consiste:

1. em amá-la com ternura filial;

2. em louvá-la com fervor;

3. em invocá-la com confiança;

4. e imitá-la com diligência e perseverança.

Em seu louvor, rezemos pontualmente as “Ave-Marias” ou “Anjo do Senhor”, o terço; e com especial preparação, devoção e entusiasmo, celebremos suas festividades.

De todas as formas de devoção, a que mais agrada a Maria Santíssima é por certo a fiel imitação de suas virtudes. Pela imitação de Maria é que também se conhece ser genuína, e não mero sentimentalismo, a devoção para com Ela.

Segundo S. Luís Maria Grignion de Montfort, exerce a verdadeira devoção a Maria Santíssima quem todas as coisas faz:

a) em Maria, isto é, no espírito e nas disposições que a animavam;

b) com Maria, isto é, com seu auxílio, que ele sempre está invocando;

c) para Maria, isto é, para que Ela de tudo disponha livremente; confiante ele depõe em suas mãos todas as suas obras, merecimentos e sua própria pessoa, a fim de que Ela de tudo isso disponha à vontade para a maior glória de Deus e salvação das almas;

d) por Maria, isto é, por sua mediação; por sua poderosa intercessão ele pede a Deus todas as graças, e pela mão desta amorosa Mãe ele se encaminha a Deus.


Quer conhecer mais sobre a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria?
Então acesse o link (clicando nas imagens) e baixe-o em .pdf



Lembrando que amanhã, é dia de Sexta Litúrgica...
Vamos falar um pouco mais sobre a Celebração da Santa Missa
Fique ligado!

2 de novembro de 2011

Quarta Catequética 2: O Purgatório - Parte I

Saudações DECOLORES,

Você sabe o que é o Purgatório, verdadeiramente? Tem alguma dúvida? Então fique ligado neste texto do Monsenhor Ascânio Brandão e tire suas dúvidas. A segunda parte será postada na próxima Quarta Catequética, dia 09 de novembro. Não perca!
 
"Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12-13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório.

Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo:
"
Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu" (CIC, §1030).

Logo, as almas do
Purgatório "estão certas da sua salvação eterna", e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II:


"Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o
Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus." (Alocução de 3 de julho de 1991; LR n. 27 de 7/7/91)

O Catecismo da Igreja ensina que:
"
A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento (1545-1563)" (§ 1031).

"
Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defundos de que já fala a Escritura Sagrada: #8216; Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado #8217; (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos" (§1032).


Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: 

"Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado". (2 Mac 12,44s)

Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé.

(CONTINUA...)

LEMBRANDO que amanhã temos estréia no blog, nosso primeiro post da Quinta Mariana. Não perca!

1 de novembro de 2011

Terça Espiritual 2: Falar a Deus como Pai

Saudações DECOLORES,


Qual sua intimidade com Deus Pai? Qual "pessoa" você usa quando faz suas orações? Vamos ver o que Frei Patrício Sciadini, OCD nos fala sobre isso. Confira!

"A oração possui várias dimensões e cada pessoa é convidada a descobrir qual o melhor modo de se dirigir a Deus. Há quem encontre em Deus um amigo, um pai, um irmão, um esposo etc. Outros preferem mergulhar em Deus Trindade e aí permanecer, como foi com Elisabeth da Trindade, uma carmelita francesa que ficou conhecida exatamente por seu amor ao mistério de Deus Trindade. Quero refletir sobre este mistério, ressaltando a pessoa do Pai e como podemos nos relacionar com Ele.

Na amorosa contemplação do Deus Trindade nos sentimos atraídos a silenciar e a deixar-nos invadir, a tomarmos consciência de que o amor de Deus, único e verdadeiro, se revela nas três divinas Pessoas. Toda a nossa existência é marcada pela presença de Deus como Pai bondoso que, em Jesus de Nazaré, manifesta toda a sua misericórdia e não quer que o pecador morra, mas que ele se converta e viva.

Somos convocados a descobrir a presença de Deus ao nosso redor e dentro de nós
. A criação toda é puro reflexo da Trindade, especialmente atribuída à iniciativa de Deus Pai. Jesus move-se e vive no centro do amor do Pai e do Espírito Santo. Esta recíproca doação amorosa é fonte de toda a vida da Igreja, de toda comunidade e de cada cristão.


Não há dúvidas de que vivemos, hoje, uma crise de paternidade.


Em nome de uma autonomia e liberdade pessoal tentamos romper com o passado, como se fôssemos capazes de iniciar uma nova caminhada sem fazer referência a ele.
Todos nos perguntamos com uma certa angústia desde os tempos mais remotos: “Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?”. Descobrimos a nossa verdadeira identidade na medida em que procuramos a nossa origem naquele que não tem origem, porque é eterno. É a sede de eternidade, presente em nós, que nos torna corajosos e humildes para buscar em Deus o nosso início e a nossa meta total. É no pai natural que cada ser humano procura a sua origem e, assim é em Deus Pai que nós devemos buscar a luz necessária para o nosso caminho e a nossa história.

Como não fazer referência ao profeta Isaías que nos fala dos filhos de Israel que se negaram a chamar a Deusde seu pai” e não quiseram obedecer aos seus desígnios de amor?




Sião dizia: ‘O Senhor me abandonou, meu Senhor me esqueceu!’ Porventura a mulher esquece a sua criança de peito, esquece de mostrar sua ternura ao filho da sua carne? Ainda que elas os esquecessem, eu não te esquecerei! Eis que nas palmas de minhas mãos eu te gravei; as tuas muralhas estão constantemente sob os meus olhos.” (Is 49,14-16).

Como esquecer os textos dos livros sapienciais onde se alude ao cuidado que o Pai tem para com seu povo, guardando-o de todos os perigos?


Senhor, Pai e Soberano de minha vida, não me abandones a seus caprichos e não permitas que eles me façam cair. Quem aplicará a vara aos meus pensamentos e a disciplina da sabedoria ao meu coração, sem poupá-lo em meus desvios e sem deixar passar suas faltas? Para que não se multipliquem meus erros nem se acumulem meus pecados; para que eu não caia diante de meus adversários e meu inimigo não se felicite com isso? Ó Senhor, Pai e Deus de minha vida, não me dês a arrogância dos olhos...” (Eclo 23,1-4).


Mas é a tua providência, ó Pai, que segura o leme: tu traçaste um caminho sobre o mar, vereda segura entre as ondas, mostrando por isso que podes salvar de todo perigo...” (Sb 14,3).


Estas passagens nos mostram uma profundidade no relacionamento com Deus como Pai
. Esta visão progressiva da presença de Pai assume a sua plenitude na revelação de Jesus. Somente Jesus, que estava no seio do Pai e veio entre nós, poderá nos revelar a autêntica paternidade de Deus."


Ficamos por aqui...


Terça-feira que vem, mantendo o mesmo eixo de estudo, teremos o post com tema: "Por que Deus é Pai?" Lembrando que amanhã, temos nossa Quarta Catequética, não perca!

Novidade: A partir desta semana, aqui no blog, nossa quinta-feira não será mais a mesma... Agora, teremos uma Quinta Mariana.

Aguarde mais informações!