Saudações DECOLORES,
Você sabe o que é o Purgatório, verdadeiramente? Tem alguma dúvida? Então fique ligado neste texto do Monsenhor Ascânio Brandão e tire suas dúvidas. A segunda parte será postada na próxima Quarta Catequética, dia 09 de novembro. Não perca!
"Desde os primórdios a
Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo
14,15.25; 16,12-13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama
este estado, não lugar, de Purgatório.
Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo:
"Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu" (CIC, §1030).
Logo, as almas do Purgatório "estão certas da sua salvação eterna", e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II:
"Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus." (Alocução de 3 de julho de 1991; LR n. 27 de 7/7/91)
O Catecismo da Igreja ensina que:
"A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento (1545-1563)" (§ 1031).
"Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defundos de que já fala a Escritura Sagrada: #8216; Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado #8217; (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos" (§1032).
Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas:
"Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam
ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse
que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram
piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele
mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de
que fossem absolvidos do seu pecado". (2 Mac 12,44s)
Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé.
(CONTINUA...)
LEMBRANDO que amanhã temos estréia no blog, nosso primeiro post da Quinta Mariana. Não perca!
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